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Susana Dias

Portuguese: Suzana Dias
Also Known As: "Suzana Dias"
Birthdate:
Birthplace: Brazil
Death: September 02, 1634 (77-86)
Parnaíba, São Paulo, Brasil (Brazil)
Immediate Family:

Daughter of Lopo Dias and Beatriz, Índia Tapuia
Wife of Belchior da Costa and Manuel Fernandes Ramos
Mother of Francisco; Catarina Dias; Paula Fernandes; Manuel Fernandes Gigante; Domingos Fernandes, fundador de Itú, SP and 14 others
Sister of Anna Isabel Dias Machado; Belchior Dias Carneiro; Izabel Nogueira; Izaac Dias; Catarina Dias and 4 others

Occupation: Co-Fundadora, juntamente com seu filho Cap. André Fernandes, de Santana de Parnaíba/SP; Desbravadora; Pioneira; Matriarca
Managed by: Private User
Last Updated:

About Susana Dias

Suzana Dias é considerada, junto com seu filho capitão André Fernandes a fundadora da cidade de Santana de Parnaíba. Mameluca nascida por volta de 1553, filha de índia e pai português, era neta do cacique Tibiriçá e teve vários filhos.

Suzana fundou o município em 1580 na fazenda de sua propriedade à beira do rio Anhembi, atual Tietê, erguendo uma capela dedicada à Sant'Ana, de quem era devota. Estima-se que André Fernandes, co-fundador da cidade, tivesse apenas 2 anos nessa ocasião, mas o município foi instalado em 1625 sob sua influência ao ser desmembrado de São Paulo.

Um de seus filhos, Baltazar Fernandes, foi um bandeirante e fundou a cidade de Sorocaba em 1654. Outro filho também bandeirante, Domingos Fernandes, fundou a cidade de Itu em 1610.

Fonte:WP

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Educada num meio ainda inculto, apenas desbastado pela sabedoria jesuitica, não pudera Suzana Dias formar sua intelligencia no conhecimento das sciencias e nem mesmo nos rudimentos das lettras. As suas doações posteriores são todas assignadas a rogo "por não saber lêr nem escrever". Não é cousa admiravel maxime em mulheres daquelles tempos primitivos. Recebiam, sem duvida, a doutrina christã. com grande aproveitamento para a sua natural piedade. Lêr e escrever, julgavam, era mais para homens!

No entretanto, pelo altissimo espirito de sua religiosidade, salientava-se Suzana Dias entre as matronas paulistas. Basta lembrar que a acta da camara de S. Paulo de 6 de Agosto de 1593, sobre a posse do almotacel Antonio Roiz, diz que este era genro de Suzana Dias, bastando seu nome para dar importancia ao genro. É uma das raras vezes que o escrivão cita o nome de uma mulher (este bem a conhecia, pois, Belchior da Costa fora o segundo marido de Suzana Dias, a quem consagrava verdadeira paixão). Eis, a meu vêr, o motivo porque nomeia, a mulher e não o marido Manoel Fernandes Ramos!

No mesmo anno, em 1593, é novamente citada em acta para mandar entupir duas covas feitas na praça por um de seus filhos de nome Francisco, que o linhagista Silva Leme não menciona. Dahi a conclusão do Dr. Americo Brasiliense Antunes de Moura, que nesse tempo já Suzana Dias era viuva e dirigia os negocios da familia. Diz Pedro Taques que o Padre Lourenço Dias Machado, primeiro vigario de S. Paulo, era primo directo de Suzana Dias. Tudo, emfim, fazia desta senhora a mais illustre matrona paulista! Herdara de seu avô, o primelro cidadão de S. Paulo, Tibiriçá, a coragem varonil, e de seu pae, Lopo Dias, a generosa piedade.

Quando estava prompta a sua fazenda na Parnahyba transferiu sua residencia para 1á, como se vê no inventario de seu irmão Belchior Carneiro, de 1608, quando seu segundo marido notava aos juizes que apressassem o andamento do processo, pois deviam voltar a Parnahyba. Apontam como sua residencia uma casa a margem do Tietê, em frente a Santa Casa, propriedade da familia Aquilino de Moraes. Contava a tradição que seus filhos lhe offereceram riquissimo sofa engastado de ouro e prata.

Assistiu ao engrandecimento do povoado, fez, com seu filho André Fernandes, grandes doações de terras a Sant'Anna, levantando-lhe uma igreja e procurando fosse elevada a Matriz. Presenciou a rivalidade de sua Parnahyba com S. Paulo, e, quando esta fora elevada a Villa, assistiu as festas, mas, no mesmo anno, perdera seu segundo marido. Nove annos depois, a 8 de Setembro de 1634, passou desta terra para o céu, onde foi receber o premio de suas virtudes. Seu corpo fôra depositado na capella-mór de sua igreja de Sant'Anna, após solemnissimas exequias. Ensina com seus exemplos como deve ser a vida de uma senhora christan - paulista verdadeiramente ciosa da nobre tradição de sua terra e de sua gente.

Já ficou provado que quando Manoel Fernandes Ramos falleceu, sua fazenda na Parnahyba ia em franco progresso. Seus filhos, mamelucos de força herculea desbastavam as mattas, formando novas roças. Ficou dito que eram treze entre homens e mulheres. Todos ou quasi todos constituiram familias e levantaram suas residencias no povoado. Principalmente os tres: André, Balthazar e Domingos foram infatigaveis propugnadores do progresso local, com especial menção de André Fernandes que não se ausentou do povoado, enquanto elle se formava! Os antigos papeis, quando se referem a estes heroes, logo declaram a identificação delles "da Parnahyba". Na bandeira de Nicolau Barretto, 1602, encontraram-se varios habitantes desta paragem, entre outros Domingos Fernandes. Iam ao sertão buscar braços para a lavoura, como continuadamente faziam!

Casando-se Suzana Dias com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher, e, novas residencias vão surgindo. Belchlor Carneiro, irmão de Suzana Dias recebe desta uma doação de quinhentas braças de terra e fixa residencia ahi, cultivando seu terreno. De seu testamento feito em 1607, pode-se fazer uma idela do povoado. Assignaram como testemunhas: Belchior da Costa, Gonçalo de Frias, Pero Fernandes, Domingos Fernandes, Luiz Yanes, Pero Martins e João Noqueira de Pazes, moradores ou cultivadores da zona. Deviam pagar avenças (aforamento), até primeiro de Agosto de 1608 como consta dos recibos de Belchior Carneiro, Domingos Fernandes, André Fernandes, Luiz Yanes e Pero de Frias, dados pelo rendeiro Antonio Alves.

A lavoura tomava, pois, um incremento enorme e attrahia sempre novos elementos, augmentando a população. Suzana Dias e André Fernandes iam distribuindo suas terras aos parentes e amigos, e, novos moradores appareciam. A cultura era quasi sempre, trigo, mi1ho, algodão, feijão branco, canna de assucar, uvas, marmellos, legumes, etc...

Os instrumentos agricolas da epocha eram: Foices, enxadas, machados, facões, cunhas, escopros e serras.

Cada familia possuia um tear, e as matronas, com suas filhas e escravas, teciam em sua propria casa os estofos, geralmente de algodão, para as roupas. Os tecidos mais luxuosos eram comprados em S. Paulo ou em Santos aos importadores do Reino. Os productos da lavoura eram permutados corn outros. O assucar era fabricado nos proprios engenhos.

O oleo preparado em casa, de mamona ou cousa semelhante, servia para illuminação, em candieiros de barro, ferro ou cobre com um, dois ou mais bicos, cada quaI com seu pavio de algodão. Tambem usavam o sebo, principalmente nas festas de rua, com uma grande mecha para illuminar o pateo. As fogueiras serviam de illuminação primitiva. Nos povoados, á noite, ellas surgiam de espaço a espaço para auxiliar os viandantes e aquecer os moradores.

O sal vinha de Santos e para lá dirigiam-se as tropas, levando, quasi sempre, assucar ou outro producto. Valiam pouco as mercadorias. Assim: A mão de quarenta espigas de milho, posta na Parnahyba, valia cinco réis. Um alqueire de trigo quinhentos réis. Um bom cavallo dois mil réis, e assim por diante. Isto em tempo de bons negocios, pois: houve epocha de muito menor custo. As casas iam surgindo aqui e alli cobertas de folhas e as mais fidalgas de telhas.

Belchior Carneiro mandou construir um forno para cinco milheiros de telhas. Fôra construido pelo especialista Domingos Agostin pelo preço de seis mil réis! Com o correr do tempo outros fornos foram apparecendo para a construcção dos enormes predios... de S. Paulo.

A capella, como já vimos a principio, de Santo Antonio, pequena, coberta de folhas, depois reconstruida em louvor de Sant'Anna, e já coberta de telhas, mas, ainda de pau a pique, era o centro ao redor do qual surgiam as habitações. Nas festas geralmente ficavam do arco cruzeiro para cima: Suzana Dias, André Fernandes, protectores da capella, sua familia e demais pessoas importantes do povoado. No corpo da Igreja: O povo, atraz no coreto: os cantores e musicos. Os padres vinham de São Paulo, ou das aldeias mais proximas, apenas nas festas, pois bem mais tarde é que houve capellão effectivo.

No testamento de Belchior Carneiro não ha referencias alguma a capella, nem a capel1ão. Em 1609 as exequias foram realisadas em S. Paulo.

Em 1610, vê-se pela sesmaria pedida por Melchior da Costa que a capella Sant'Anna já estava prompta. Donde não seria erro concluir-se que a capella de Sto. Antonio já estava arruinada e que trataram de reedifical-a, ficando prompta em 1610, mas, em honra a Sant'Anna.

Manoel da Costa do Pino era filho de Belchior da Costa e de sua primeira mulher Isabel Rodrigues. Era portanto enteado de Suzana Dias. Aprendeu musica e serviu no coro. Fazia parte da commissão dos camaristas de 1810 que encarregou Cornelio Arzão de reedificar a igreja matriz de S. Paulo.

Transferindo-se para Parnahyba, formou o coro local com varios cantores e musicos para a orchestra. Regeu os canticos até 1653, quando falleceu. Seu enterro e exequias foram solemnissimas. Fôra, com respeito á igreja e cargos publicos, o homem de maior prestigio de seu tempo em Parnahyba, juntamente com André Fernandes.

No mesmo anno de 1610, quando os de Parnahyba reconstruiram sua capella, Domingos Fernandes e seu genro Christovam Diniz que já residiam alem do Porto de Pirapetinguy, perto de uma curva onde o Tieté faz um salto, por isso chamavam o lugar Outu-Guassú, que quer dizer "grande catadupa ou salto", construiram pequena ermida em honra de Nossa Senhora da Candelaria. Novo povoado vae-se formando ao derredor, é Itú que vae surgindo para as glorias de sua historia na pujanca de sua nobreza e no christianismo fecundo e aben-çoado de seus habitantes!

Nesse tempo as aldeias jesuiticas floresciam admiravelmente.

Informação retirada do livro "Notas para a Historia de Parnahyba" (Publ. 1935) escrito pelo Padre Paulo Florêncio da Silveira Camargo, Vigário de Santana de Parnaíba no começo do século passado.

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O PATRIMONIO DA CAPELLA DE SANT'ANNA - DOAÇAO DE SUZANA DIAS (Copia)

No livro de Tombo da Parochia de Parnahyba, de 1747 a 1828, existente no Archivo da Curia Metropolitana, à folha 109 encontra-se o termo do teor seguinte:

"Escrittura de dote, que fas Susana Dias a Senhora Santa Anna de Parnahiba. Duzentas braças em quadra ou o que na verdade se achar. Saybam quantos esta publica escrittura de doaçãm virem que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil seis centos, e vinte e quatro annos ao primeyro dia do mes de Agosto da sobreditta era, nesta Villa de Sam Paulo da capitania de Sam Vicente, partes do Brasil. Nesta ditta Villa nas casas de André Fernandes, onde eu publico Tabelliam fuy chamado, ahi logo appareceu Suzana Dias, por ella me foy ditto perante as testemunhas que foram prezentes todo ao adiante declarado que seu filho André Fernandes tinha feyto novamente uma Capella na Igreja de Santa Anna e a tinha dotado como padroeyro, e fundador da dita caza, como mais largamente constara da ditta escrittura feyta por mim Tabelliam, e que ella para ajuda da ditta Capella e augmento della, e para ir cada ves em merecimento lhe dotava duzentas braças de terras em quadra, que começarãm, digo que lhe dotava as terras, que ella tinha entre o ditto André Fernandes, e Balthazar Fernandes, tudo o que se achar ser seu na ditta paragem de testada, e para o Sertam dentro duzentas bra... ... está a dita Igreja, e que as dittas terras toma em sua terça por sua morte e que he contente que se dê posse dellas ao administrador da ditta Capella, que hora he, e pelo em diante for o que assim dotava de sua livre vontade, e motu proprio, e promettia em tempo nenhum ir contra o teor desta escrittura, antes se obrigava em tudo cumprilla, como nella se contem, e por estar presente o Reverendo Padre Joam Pimentel acceytou a ditta escrittura em nome da ditta capella, o que em fe e testemunho de verdade assim o outorgou, a pela ditta dotadora nam saber assignar, por ella Anastacio Fernandes, seu netto com as testemunhas que foram presentes Francisco de Payva, e o Reverendo Padre Frey Thome Couceyro, Religioso da Ordem da Santissima Trindade. Eu Calisto da Motta, Tabelliam do publico judicial, envias o escrevy. Assigno por minha avó Suzana Dias a seu rogo por não saber assignar: Anastacio Fernandes - O vigr.º Joam Pimentel - Frey Thome Couceyro - Francisco de Payva - e nam Continha mais a ditta escrittura, do que somente o que aqui bem, a fielmente trasladey de outro traslado, que se acha acostado aos autos de mediçoens de terras, de que se trata na escrittura de doaçam a fl. 116, e se achão no Cart.º desta Villa de Parnahiba e por verdade me assigno Manoel Mendes de Almeyda"

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"Por serem passados muytos annos nem apparecerem autos alguns por onde conste que fossem medidas, nam se pode com certeza vir ao conhecimento do lugar, em que se acham as duzentas braças de terras em quadra, ou as que na verdade forem, como na escrittura retro se declara".

"Estando o Senado de posse dessas terras, neste anno em Correição do Doutor Ouvidor requeri sobre a restituição dellas: como com effeito consegui, e se nos restituio fazendo-se medição judicial, cujos autos em translado se achão no livro dos mesmos foros: e estando aforadas, procedi na remissão dellas, como constará dos mesmos livros foros. Parnaiba 22 de Dezembro de 1801. O Vigario João Gonçalves Lima". Nada mais continha o sobredito termo a cujo original fielmente me reporto e dou fé.

S. Paulo, 3 de Agoato de 1933.

ASSIGNADO F. de Salles Collet e Silva Director Archivista da Curia Metropolitana"


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Susana Dias's Timeline

1552
1552
Brazil
1570
1570
São Vicente, SP, Brasil
1574
1574
São Paulo (SP) - Brasil
1575
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São Vicente, São Vicente, São Paulo, Brazil
1577
1577
São Paulo, Brazil
1578
1578
Portugal
1578
Santana de Parnaíba, São Paulo, Brazil
1578
Portugal
1580
1580
São Paulo, São Paulo, Brasil
1580
Ibirapuera, São Paulo, São Paulo, Brazil