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About Lourenço Castanho Taques, o Velho
No processo de genere padre Pedro Leme do Prado: no ano de 1657, foi testemunha Lourenço Castanho Taques, contratares de sua majestade, assistente nesta dita vila de São Paulo, capitania de São Vicente. Lourenço declarou ter 51 anos, pouco mais ou menos.
informado por Jackson Bertagnoli
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Com ascendentes e descendentes em: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1019044
Silva Leme, em sua Genealogia Paulistana, Volume IV, pp. 231-233, Título Taques-Pompeu, diz de Lourenço Castanho Taques:
A seu respeito escreveu Pedro Taques:
"Este paulista se conservou sempre em S Paulo sem que o infeliz sucesso de seu irmão Pedro Taques, morto a falsa fé por Fernando de Camargo, o obrigasse a mudar-se como o fizeram seus irmãos, porque seu grande respeito e força de armas o prontificavam a pôr em cerco aos inimigos do partido contrário. Foi estabelecido na fazenda da Ypiranga que tinha sido de seu pai Pedro Taques; foi opulento em cabedais, com o que sustentou e conservou o respeito e o tratamento de sua pessoa potentada. Em relação ao real serviço, deu sempre acreditadas provas de honrado vassalo, com liberal despesa da própria fazenda.
Em 1659 passou a S. Paulo Salvador Correa de Sá e Benevides no cargo de administrador geral das minas de ouro e prata, e como governador das três capitanias : Rio de Janeiro, Espírito Santo e a de S. Vicente e S. Paulo por ordem de dom João IV.
Nessa ocasião recebeu Lourenço Castanho uma carta firmada pelo real punho, em que lhe recomendava desse ajuda e favor a Salvador Correa de Sá e Benevides para bem desempenhar-se na diligência a que era enviado, qual era a de descobrimento de ouro e de pedras preciosas, ao que correspondeu prontamente Lourenço Castanho.
Conservando-se em S. Paulo para esse fim o governador Salvador Correa até 1661, aconteceu que na sua ausência do Rio de Janeiro em 1660, onde deixara como governador da praça a Thomé Correa de Alvarenga, como sargento-mor a Martim Correa Vasques, e provedor da fazenda real a Pedro de Sousa Pereira, praticaram os oficiais da câmara e povo do Rio de Janeiro um grave atentado, depondo do governo os ditos representantes que foram todos presos em uma fortaleza, e negando obediência ao governador Salvador Correa de Sá e Benevides. Este governador, ao ter notícia em S. Paulo do ocorrido no Rio de Janeiro, e principalmente ao ver uma carta escrita pelos camaristas do Rio aos de S. Paulo, em que faziam graves exprobações a sua. pessoa como autor de tiranias e de mau governo, se dispôs a pôr-se em caminho para o Rio de Janeiro com o fim de sossegar o tumulto e castigar os culpados. Lourenço Castanho, vendo o perigo a que ia se expor o governador, juntamente com os paulistas da 1.ª nobreza lhe representaram, suplicando que não pusesse em tão evidente a sua vida e autoridade; o valor e constância do governador o levaram a não atender a essa rogativa, pelo que Lourenço Castanho resolveu-se a acompanhá-lo com força de armas até o Rio de Janeiro, mas nem este auxílio aceitou o governador. Então Lourenço Castanho lembrou-se de reunir a nobreza de S. Paulo ao corpo do senado, e em número de 58 pessoas escreveram ao governador uma carta em nome de S. Majestade em que ponderavam a necessidade de aceitar as rogativas e conselhos dados. A esta carta respondeu o governador agradecendo aos paulistas o apoio que lhe prestavam; mas, não tendo mais serviço nesta banda do Sul, o seu dever o chamava a prestar serviço a S. Majestade, pelo que estava resolvido a voltar para o Rio de Janeiro a assumir a jurisdição real, para o que esperava encontrar o povo mais acomodado.
Lourenço Castanho Taques, desejando continuar os serviços ao rei, achando-se com muita prática do sertão onde tinha penetrado para conquistar o bárbaro gentio, no que adquiriu grande disciplina militar, tendo recebido um convite do príncipe regente Dom Pedro em 1674 para o descobrimento de ouro e prata, para cuja diligência tinha já partido Fernando Dias Paes no caráter de governador da gente de sua tropa, resolveu-se com seus cabedais e força de armas penetrar o sertão dos gentios Cataguazes; deixando a serventia vitalícia do ofício de órfãos, entrou para a conquista com patente de governador e conseguiu o 1.º conhecimento das minas, a princípio chamadas de Cataguazes, e mais tarde, estendendo-se o descobrimento em muitas léguas no mesmo sertão, chamadas Minas Gerais.
Faleceu em 1677 em avançada idade, depois de recolhido da conquista dos Cataguazes. Foi governador das minas do Caeté. Foi sepultado no jazigo do Carmo de S. Paulo, onde jaziam as cinzas de seu pai Pedro Taques".
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LOURENÇO CASTANHO TAQUES, capitão (o velho)
Inventário e Testamento
SAESP vol. 18, fls. 67 a 151
Testamento: 1670 Inventário: 16-3-1671 Local: vila de São Paulo, nas casas de morada de Lourenço Castanho Taques o moço. Juiz dos Órfãos: Diogo Ferreira Escrivão dos Órfãos: João Viegas Xortes Avaliadores: Domingos Machado e Diogo de Cubas e Mendonça Declarante: Lourenço Castanho Taques o moço, filho do defunto.
TESTAMENTO
Em nome da Santíssima (...) Aos 20-7-1670 eu Lourenço Castanho Taques ordenei este meu testamento da minha própria letra e sinal na forma seguinte. Encomenda a alma. Peço e rogo a minha mulher Maria de Lara e a meu filho Lourenço Castanho queiram ser meus testamenteiros. Morrendo nesta vila meu corpo seja sepultado no convento de Nossa Senhora do Carmo na cova de meu pai, e morrendo fora desta vila será meu corpo enterrado no dito convento do Carmo e não havendo convento na Igreja matriz. Pedido de missas. Declaro que sou casado com Maria de Lara á face da igreja naturais desta vila de São Paulo, de que temos dez filhos entre machos e fêmeas os seguintes Lourenço Castanho // Padre Francisco de Almeida // Pedro Taques // Thomé de Lara // Diogo de Lara // Antonio Castanho // José // Anna de Proença // Branca de Almeida // Maria de Lara, herdeiros forçados. Declaro que casei três filhas Anna de Proença com Pedro Dias Leite já defunto e ora está casada com Manuel de Brito Nogueira // e Branca de Almeida com João Pires Rodrigues // e Maria de Lara com João de Toledo e a nenhum deles fiz escritura nem rol do que lhes havia de dar de dote e parti com os ditos o que pude e tinha. Peço a meus herdeiros e confio neles que por muito que suas irmãs levassem as não chamarão a colação pela limitação em que hoje estão. Deixo o remanescente da terçã a meus herdeiros. Declaro que tenho um livro rubricado pelos oficiais da Câmara de ver e ha de haver em que estão as pessoas que me são a dever de dinheiro de empréstimo e algum dado a ganhos. Assim mais tenho dois livros de avenças e dízimos que muitos moradores desta vila e das mais circunvizinhas me estão a dever suas avenças deles por em cheio e outros restos e outros me devem os dízimos que tomaram os quais estão todos extendidos por adições seus nomes com clareza dos gêneros que tomaram assim milho como feijão, algodão, trigo, ao que se dará inteiro credito por ser tudo na verdade. (...) hoje vinte do mês de julho de mil e seiscentos e setenta anos com as testemunhas abaixo assinadas as quais pedi assinassem. Lourenço Castanho Taques - André Rodrigues Saraiva - Sebastião de Proença - Hilario Domingues - João Viegas Xorte - João Dias Diniz - Diego de Cubas y Mendoça - Antonio Ribeiro Bayão. Aprovação: 5-3-1671 e pelo Capitão Lourenço Castanho Taques o velho foi entregue para aprovação. Cumpra-se 5-3-1671 - Albernás Cumpra-se 5-3-1671 - Francisco Cordeiro de Lemos
Codicilo de ultima vontade Em nome da Santíssima (...). Saibam quantos este codicilo virem como eu Lourenço Castanho Taques, (...). Peço a meu filho Lourenço Castanho Taques seja meu testamenteiro. Meu corpo será sepultado aonde o dito meu testamenteiro ordenar visto a sepultura que tenho no convento de Nossa Senhora do Carmo estar fresca com o corpo de sua mãe que Deus tem. Declaro que por morte de minha mulher Maria de Lara fiz partilhas com meus filhos da parte que lhes coube por digo, da dita sua mãe como consta das adições do meu livro rubricado, e das quitações que me deram. Declaro que a meus filhos maiores a saber Lourenço Castanho Taques Pedro Taques de Almeida, Diogo de Lara e ao padre Francisco de Almeida lhes dei de mais das suas legitimas para se aproveitar, o que se achar nas suas folhas de partilhas e o que de mais em si tem tornarão a partir com os mais herdeiros. Declaro que emprestei a Gabriel de Lara 64$000 réis os quais entregou ao padre Francisco de Moraes para por sua via os mandar a Lisboa para certo mister, e por não ter efeito me pediu os aceitasse lá os quais aceitei, e o Reverendo Padre Reitor Lourenço Cardoso me tem dado a essa conta 39$000 réis dos quais fica a dever de resto o dito Reverendo Reitor, e o Colégio 25$000 réis. Declaro que deixo a minha filha Branca de Almeida uma moça do gentio da terra por nome Joanna. Mando que os meus herdeiros se hajam como irmãos com toda a paz e união como filhos de benção (...). (...) o qual assinei hoje 4-2-671 anos - Lourenço Castanho Taques - Francisco Nunes de Siqueira. Aprovação de Codicilo: 5-2-1671 Cumpra-se 5-3-671
Genealogia Paulistana - Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919) Vol IV - Pág. 222 a 266 Tit. Taques Pompeus - (Parte 1) Lourenço Castanho Taques casou em 1631 em S. Paulo com Maria de Lara, f.ª de dom Diogo de Lara e de Magdalena Fernandes de Moraes, Tit. Laras.
A seu respeito escreveu Pedro Taques:
"Este paulista se conservou sempre em S Paulo sem que o infeliz sucesso de seu irmão Pedro Taques, morto a falsa fé por Fernando de Camargo, o obrigasse a mudar-se como o fizeram seus irmãos, porque seu grande respeito e força de armas o prontificavam a pôr em cerco aos inimigos do partido contrário. Foi estabelecido na fazenda da Ypiranga que tinha sido de seu pai Pedro Taques; foi opulento em cabedais, com o que sustentou e conservou o respeito e o tratamento de sua pessoa potentada. Em relação ao real serviço, deu sempre acreditadas provas de honrado vassalo, com liberal despesa da própria fazenda.
Em 1659 passou a S. Paulo Salvador Correa de Sá e Benevides no cargo de administrador geral das minas de ouro e prata, e como governador das três capitanias : Rio de Janeiro, Espírito Santo e a de S. Vicente e S. Paulo por ordem de dom João IV.
Pág. 232
Nessa ocasião recebeu Lourenço Castanho uma carta firmada pelo real punho, em que lhe recomendava desse ajuda e favor a Salvador Correa de Sá e Benevides para bem desempenhar-se na diligência a que era enviado, qual era a de descobrimento de ouro e de pedras preciosas, ao que correspondeu prontamente Lourenço Castanho.
Conservando-se em S. Paulo para esse fim o governador Salvador Correa até 1661, aconteceu que na sua ausência do Rio de Janeiro em 1660, onde deixara como governador da praça a Thomé Correa de Alvarenga, como sargento-mor a Martim Correa Vasques, e provedor da fazenda real a Pedro de Sousa Pereira, praticaram os oficiais da câmara e povo do Rio de Janeiro um grave atentado, depondo do governo os ditos representantes que foram todos presos em uma fortaleza, e negando obediência ao governador Salvador Correa de Sá e Benevides. Este governador, ao ter notícia em S. Paulo do ocorrido no Rio de Janeiro, e principalmente ao ver uma carta escrita pelos camaristas do Rio aos de S. Paulo, em que faziam graves exprobações a sua. pessoa como autor de tiranias e de mau governo, se dispôs a pôr-se em caminho para o Rio de Janeiro com o fim de sossegar o tumulto e castigar os culpados. Lourenço Castanho, vendo o perigo a que ia se expor o governador, juntamente com os paulistas da 1.ª nobreza lhe representaram, suplicando que não pusesse em tão evidente a sua vida e autoridade; o valor e constância do governador o levaram a não atender a essa rogativa, pelo que Lourenço Castanho resolveu-se a acompanhá-lo com força de armas até o Rio de Janeiro, mas nem este auxílio aceitou o governador. Então Lourenço Castanho lembrou-se de reunir a nobreza de S. Paulo ao corpo do senado, e em número de 58 pessoas escreveram ao governador uma carta em nome de S. Majestade em que ponderavam a necessidade de aceitar as rogativas e conselhos dados. A esta carta respondeu o governador agradecendo aos paulistas o apoio que lhe prestavam; mas, não tendo mais serviço nesta banda do Sul, o seu dever o chamava a prestar serviço a S. Majestade, pelo que estava resolvido a voltar para o Rio de Janeiro a assumir a jurisdição real, para o que esperava encontrar o povo mais acomodado.
Lourenço Castanho Taques, desejando continuar os serviços ao rei, achando-se com muita prática do sertão onde tinha penetrado para conquistar o bárbaro gentio, no que adquiriu grande disciplina militar, tendo recebido um convite do príncipe regente Dom Pedro em 1674 para o descobrimento de ouro e prata,
Pág. 233
para cuja diligência tinha já partido Fernando Dias Paes no caráter de governador da gente de sua tropa, resolveu-se com seus cabedais e força de armas penetrar o sertão dos gentios Cataguazes; deixando a serventia vitalícia do ofício de órfãos, entrou para a conquista com patente de governador e conseguiu o 1.º conhecimento das minas, a princípio chamadas de Cataguazes, e mais tarde, estendendo-se o descobrimento em muitas léguas no mesmo sertão, chamadas Minas Gerais.
Faleceu em 1677 em avançada idade, depois de recolhido da conquista dos Cataguazes. Foi governador das minas do Caeté. Foi sepultado no jazigo do Carmo de S. Paulo, onde jaziam as cinzas de seu pai Pedro Taques".
Teve 10 f.ºs, que são:
1-1 Lourenço Castanho Taques, § 1.º 1-2 Padre Francisco de Almeida, § 2.º 1-3 Pedro Taques de Almeida, § 3.º 1-4 Thomé de Lara de Almeida, § 4.º 1-5 Diogo de Lara e Moraes, § 5.º 1-6 Antonio de Almeida, § 6.º 1-7 José Pompeu de Almeida, § 7.º 1-8 Anna de Proença, § 8.º 1-9 Branca de Almeida, § 9.º 1-10 Maria de Almeida, § 10.º
Lourenço Castanho Taques, o Velho's Timeline
1609 |
1609
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São Paulo, Brasil (Brazil)
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1637 |
1637
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Sao Paulo, São Paulo, SP, Brazil
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1640 |
1640
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Sao Paulo, São Paulo, SP, Brazil
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1643 |
1643
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Sorocaba, SP, Brazil
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1648 |
1648
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São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
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1671 |
March 5, 1671
Age 62
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São Paulo, Brasil (Brazil)
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