Estevão Cardoso de Negreiros

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About Estevão Cardoso de Negreiros

Processo da filha

ESTEVÃO CARDOSO DE NEGREIROS nasceu por volta de 1574 e casou-se por volta de 1599 com BEATRIZ PINHEIRO LOBATO. Foram moradores na cidade de Lisboa, na freguesia de Loreto, na rua da Rosa das Partilhas. O nome de Estevão Cardoso de Negreiros constou de uma escritura (8) da cidade de Lisboa, no ano de 1625, onde foi qualificado como escrivão da Fazenda. Havia recebido mercê, de El-Rei D. Felipe II, de escrivão das Devassas da cidade de Lisboa (ver nota 1), a 26 de agosto de 1612, e a de distribuidor da Casa da Suplicação (ver nota 2), do mesmo monarca, a 24 de setembro de 1612, sendo qualificado, nessas mercês reais, como moço da Câmara d'El-Rei.

UMA TRADIÇÃO SECULAR: ESTEVÃOS E LOURENÇOS CARDOSOS DE NEGREIROS

Marcelo Meira Amaral Bogaciovas Resumo: Representação familiar dos Cardosos de Negreiros em São Paulo, do século XVII ao XIX. Observe-se a interessante tradição: dar aos primogênitos, alternadamente, os nomes Estevãos ou Lourenços. Uma das intenções deste trabalho é estudar um pensamento que para muitos se transformou em autêntico paradigma, proveniente do imaginário lusitano e que aliás persiste revigorado nos dias atuais: o de que não seria possível, trasladada uma família de Portugal para o Brasil, preservar a sua nobreza de acordo com os preceitos vigentes no Reino. Assim, pareceu oportuno pesquisar o comportamento no Brasil, por quase três séculos, de uma família que em Portugal gozava dos privilégios pertinentes à classe dos moços da Câmara e que inclusive tinha seus direitos regulamentados pelas Ordenações do Reino, muito embora essa classe fosse a menor na escala da nobreza. Verificaremos, no desenrolar deste artigo e na conclusão (p. 199) que em nenhum momento houve perda desta qualidade. Mas o principal objetivo é o de resgatar uma antiga tradição na família Cardoso de Negreiros, com requintes de um pacto: o filho primogênito de um Lourenço chamar-se-ia Estevão; o deste, Lourenço, e assim sucessivamente. Essa tradição não vem consignada em livros genealógicos, nem mesmo em documentos e sequer era do conhecimento dos próprios familiares. Eu a notei ao organizar a árvore de costados do Capitão Mor Estevão, meu quarto avô duas vezes, por linhas femininas. De forma bastante clara, saltando aos olhos, percebia-se no gráfico de linhagem aquela alternância. A primogenitura masculina, dos Estevãos e Lourenços, foi comprovada através de documentos, contrariando a ordem de nascimento que deram os genealogistas (como Silva Leme) que se ocuparam desses ramos. O curioso é que, quando Lourenço, filho do capitão mor, não batizou o seu primogênito com o nome Estevão, o fato em si ainda hoje é lembrado na família. Não foi possível averiguar o motivo, que poderia ter sido uma simples e temporária desavença (1) com o seu pai. Ou a quebra dessa tradição não estaria ligada a uma ruptura de responsabilidades que ele julgava incomoda e não quisera transmiti-la ao filho? A esse fato seguiu-se uma reação em cadeia para preservação do nome Estevão, sendo que três netos do capitão mor receberam seu nome na pia batismal e, depois de adultos, dois assinaram Estevão Cardoso de Negreiros e o terceiro Estevão Leite de Negreiros. Providências que evidentemente não impediram o término da tradição. Outra questão a ser discutida é sobre a origem do apelido Negreiros. Seria pelo tráfico de escravos? Não creio. A julgar pela precedência da preposição de, é bem aceitável que sua origem seja toponímica, ou melhor, proveniente de alguma localidade com essa denominação. Assim, no concelho de Barcelos, há uma freguesia com o nome de Santa Eulália de Negreiros e no concelho de Santo Tirso, as freguesias de São Mamede de Negrelos e a de São Tomé de Negrelos. Deve-se observar que o topônimo Negrelos pode resultar facilmente, por corruptela, em Negreiros. Há ainda a possibilidade do nome ter sido simplesmente adotado, prática nada incomum à época, caso em que cairiam por terra as teorias anteriores. A família Negreiros em terras paulistas não é tão numerosa quanto seria de se supor, levando-se em consideração a sua antiguidade, principalmente porque suas primeiras gerações tiveram descendências pouco dilatadas. O tronco paulista, ou seja, o primeiro da família em São Paulo, foi Lourenço Cardoso de Negreiros. Na ausência de documentos primários que permitissem conhecer sua naturalidade e filiação, vali-me de informações ou pistas em publicações genealógicas antigas, como a de Pedro Taques de Almeida Paes Leme (1714-1777) e a de seu contemporâneo, o Cônego Roque de Macedo Leme (1730-1828). Taques, pesquisando em meados do século XVIII, teve acesso ao assento de casamento de Lourenço, que se realizou a 25 de agosto de 1629 na Sé de São Paulo, termo hoje perdido, onde teria declarado sua filiação e naturalidade. Esses dados deveriam estar transcritos na obra de Taques, nos títulos Borges de Cerqueira e Mirandas, famílias às quais os primeiros membros dos Cardosos de Negreiros se ligaram por casamento. Entretanto, estes títulos fazem parte do acervo da imensa obra de Taques que se extraviou no terremoto de Lisboa de 1755, ou perdidos por descaso dos que mantiveram a guarda dos seus papéis. Razão pela qual a única informação remanescente foi a constante do título Campos (2), onde nosso douto genealogista registrou que o tronco era natural da cidade de Lisboa, da freguesia de Loreto, onde fora morador na rua da Rosa das Partilhas (3) e a data de seu casamento. Aproveitando-se de cópias do trabalho de Pedro Taques, o Cónego Roque de Macedo (4), na elaboração das suas árvores de costados (5), informa os nomes dos pais de Lourenço, o tronco, a saber, Estevão Cardoso de Negreiros e Beatriz Pinheiro Lobato e mais, que Lourenço teria vindo para o Brasil em companhia de seu tio, Dom Frei Manoel Cardoso de Negreiros (6), cavaleiro da Ordem da Malta, irmão ou primo de seu pai, aqui se casando a 25 de agosto de 1619 (sic) na Sé de São Paulo. Com base nos elementos acima citados, somados às pesquisas realizadas no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), em Portugal, e em diversos arquivos e publicações do Brasil, tem-se a seguinte representação familiar(7) dos Cardosos de Negreiros.

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Estevão Cardoso de Negreiros

Nascido cerca de 1574 em Portugal Morreu data e local ignorados Esposa: Beatriz Pinheiro Lobato Nascida cerca de 1580 local ignorado

Fonte: Francisco Roberto de Negreiros Lloréns

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Estevão Cardoso de Negreiros's Timeline

1574
1574
1602
August 16, 1602
freguesia de Loreto, Lisboa, Portugal
1604
May 20, 1604
Lisbon, Lisbon, Portugal
1606
1606
Lisbon, Lisbon, Portugal
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