Elvira Gonçalves de Toronho

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Elvira Gonçalves de Toronho

Birthdate:
Birthplace: Reino de Portugal
Death: February 16, 1245 (60-69)
Reino de Portugal
Place of Burial: mosteiro de Alcobaça
Immediate Family:

Daughter of Gonçalo Pais de Toronho, Senhor de Toronho and Ximena Pais Da Maia
Wife of Garcia Mendes de Sousa
Mother of Mem Garcia de Sousa; Fernão Garcia de Sousa, Trovador; João Garcia de Sousa, o Pinto, senhor de Alegrete; Pedro Garcia de Sousa; María García de Sousa and 2 others

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Last Updated:

About Elvira Gonçalves de Toronho

Elvira Gonçalves de Toronho (c.1180 – 16 de janeiro de 1245) foi uma rica-dona do Reino de Portugal.

Elvira era filha do magnata galego Gonçalo Pais, dito Curvo, senhor de Toronho e da sua esposa, Ximena Pais da Maia, irmã do célebre Pedro Pais da Maia, Alferes-mor de Portugal e senhor da Maia, e que o albergara no período conturbado que se seguira ao Cerco de Badajoz (1169) .

Por volta de 1211, já estaria casada com o importante magnate português Garcia Mendes II de Sousa, dito o de Eixo, trovador, senhor de importantes bens no Entre-Douro-e-Minho e na Beira, mas sobretudo na região do rio Vouga, onde se incluía a localidade de Eixo, local no qual o seu paço estaria situado e do qual o marido terá herdado o cognome.

A morte prematura de Afonso II em 1223 permitiu o regresso dos Sousas, aproveitando a menoridade de Sancho II de Portugal para readquirirem influência[8]. No entanto, Garcia e Elvira haviam regressado mais cedo, pois o marido da galega já surgia na documentação curial desde 1217, testemunhando o acordo entre Afonso e as irmãs[2][6], mas evita os conflitos nobiliárquicos que marcaram o período de menoridade de Sancho II, saindo definitivamente da corte em 1224. Há, por volta de 1230[7], notícias de uma doação do casal ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Com a morte de Afonso II, volta a afastar-se da corte, evitando os conflitos nobiliárquicos que marcaram o período de menoridade de Sancho II. Morre a 27 de fevereiro de 1239, sendo sepultado no panteão dos Sousa, no Mosteiro de Alcobaça, onde se juntaria a sua viúva, alguns anos depois. O patrocínio da cultura

A família de Sousa seria a maior patrocinadora da trovadorismo, e o próprio marido de Elvira estava ligado a variados trovadoresː ele próprio, os seus filhos Gonçalo Garcia e Fernão Garcia, e um genro de Gonçalo Mendes, Afonso Lopes de Baião. O trovador D. Abril confirma uma doação do chefe da família, que ainda arma cavaleiro Gonçalo Gomes de Briteiros, irmão do trovador Rui Gomes de Briteiros.

O ambiente geralmente régio em que se centrava esta atividade deparava-se em Portugal com um ambiente mais senhorial, que era o que de facto recebia e fazia florescer o trovadorismo, na língua vernácula (galego-português), em oposição à preferência da cúria régia pelo latim tradicional que continuava a manifestar-se em documentos desta proveniência.

Últimos anos

Elvira enviúva de Garcia a 27 de fevereiro de 1239[10]. Conhece-se uma doação, feita por Elvira e os filhos logo após a morte de Garcia Mendes, na qual os mesmos doam à Sé do Porto os direitos que detinham na igreja de Santa Cruz de Riba de Leça. A própria Elvira Gonçalves falece a 16 de janeiro de 1245, e faz-se sepultar junto do marido, na abadia de Alcobaça.

O seu sobrinho, Mem Gonçalves, filho de Gonçalo Mendes, falecera antes do pai, pelo que, a partir de 1231, passaram a ser os filhos de Elvira os principais herdeiros do chefe da família. De facto, o sucessor de Gonçalo Mendes II será Mem Garcia de Sousa, filho primogénito de Garcia e Elvira Descendência

Trovadores, representados no Cancioneiro da Ajuda.

Elvira desposou Garcia Mendes II de Sousa (m. 27 de fevereiro de 1239), filho do magnate português Mendo Gonçalves I de Sousa e da galega Maria Rodrigues Veloso, de quem teve:

D. Mem Garcia de Sousa, casou com Teresa Anes de Lima, filha de João Fernandes de Lima "o Bom" e de D. Maria Pais Ribeira, "a Ribeirinha",

D. João Garcia de Sousa, “O Pinto”, senhor de Alegrete (1220 -?) casou com Urraca Fernandes de Lumiares, filha de Fernão Pires de Lumiares e de D. Urraca Vasques de Bragança

D. Gonçalo Garcia de Sousa (1215 -1284), trovador e herdeiro da chefia da família (por parte do tio) casou em 1273, em Santarém com Leonor Afonso, (c. 1215 - 1259), filha bastarda do rei D. Afonso III de Portugal.

D. Fernão Garcia de Sousa, O Esgaravunha, trovador, casou com Urraca Abril de Lumiares

D. Maria Garcia de Sousa (antes de 1220 - depois de 1258), mencionada nas Inquirições Gerais de 1220 e 1258, foi barregã do infante Gil Sanches de Portugal

D. Pedro Garcia de Sousa,

D. Sancho Garcia de Sousa

Referências ↑ Calderón Medina 2004, pp. 39-50. ↑ Ir para: a b Sotto Mayor Pizarro 1997. ↑ GEPB 1935-57 vol.17, p. 889. ↑ Sottomayor-Pizarro 1997. ↑ Há várias referências, neste período, a membros da família em outras cortesː há notícias do seu filho, Gonçalo Garcia, na corte aragonesa. ↑ Ir para: a b Oliveira 1992. ↑ Ir para: a b García Mendiz d' Eixo ↑ GEPB 1935-57 vol.17, p. 889. ↑ Ir para: a b Oliveira 2001. ↑ Ir para: a b c Sottomayor-Pizarro 1997, p. 215.

Bibliografia Calderón Medina, Inés (2004). «La nobleza portuguesa al servicio del rey de León 1157-1187. Pero Pais de Maia y Vasco Fernandes de Soverosa». Actas IV Simposio Internacional de Jóvenes Medievalistas, Lorca 2008 (PDF) (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Murcia, Sociedad Española de Estudios Medievales, Ayuntamiento de Lorca, et al. pp. 39–50. ISBN 978-84-8371-801-8 Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. Mattoso, José (1981). A nobreza medieval portuguesa: a família e o poder. Lisboa: Editorial Estampa. OCLC 8242615 Oliveira, António Resende de (2001). O trovador galego-português e o seu mundo. I. Lisboa: Editorial Notícias. ISBN 972-46-1286-4 Oliveira, António Resende de (1992). Depois do Espetáculo Trovadoresco - A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos sécs. XIII e XIV. Porto: [s.n.] Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Tese de Doutoramento, Edicão do Autor D. Sousa, António Caetano de, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946. Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra Garcia Mendes de Eixo - Trovador medieval