Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano

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Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano

Portuguese: Bartholomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano
Also Known As: "O Sevilhano", "Bartolomeu Bueno da Ribeira"
Birthdate:
Birthplace: Barrio de Santa Cruz, Sevilha, Andalusia, Spain
Death: 1629 (58-78)
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
Place of Burial: São Paulo, Brazil
Immediate Family:

Son of Francisco Ramires de Porrós and Isabel Ramires
Husband of Maria Pires
Father of Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado; Francisco Bueno; Jerônimo Bueno; Maria Bueno da Ribeira; Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Moço - 1° Anhanguera and 2 others

Occupation: Carpenter, Warrant Officer of the Navy; alderman.
Managed by: Private User
Last Updated:

About Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano

  • Genealogia Paulistana
  • Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
  • Volume I - Pág. 418 a 460
  • Tit. Buenos da Ribeira

Bartholomeu Bueno de Ribeira nasceu em Sevilha, Espanha, antes de 1570. Segundo Silva Leme veio para São Paulo em 1571 com o pai Francisco Ramires de Pórros. Já Carvalho Franco, em seu "Dicionário de Bandeirantes", diz que teria vindo em 1582, em companhia de seu pai, na armada de Diogo Flores de Valdés, onde estaria registrado como o carpinteiro da Ribeira. Foi pessoa muito estimada por sua nobreza e elevadas qualidades morais.

Exerceu diversos cargos públicos na Vila de São Paulo, inclusive a de Aferidor em 1588, de Almotacel em 1591 e de Vereador em 1616. Pedro Taques informa que Bartolomeu foi Juiz Ordinário e de Órfãos em 1622, mas Francisco de Assis Carvalho Franco, em artigo publicado na Revista Genealógica Brasileira nº 5, revela que foi o filho com o mesmo nome que teve tal encargo em 1621, mesmo porque o pai era analfabeto, não possuindo, portanto, as condições necessárias para o exercício das funções de um juiz. Em 1620, 1623, 1624 e 1629 teve votos para vereador, mas não chegou a ser eleito. Para José Gonçalves Salvador, autor de "Os Cristãos-Novos - Povoamento e Conquista do Solo Brasileiro (1530-1680), Bartolomeu era portador da seiva hebréia, originando-se o apelido Bueno da forma primitiva Boino, utilizada na Espanha e Portugal por diversos judeus. Casou-se com Maria Pires em 4 de Agosto de 1590 em São Paulo; foi testamenteiro e curador de seu sogro.

Maria Pires era filha de Salvador Pires e de Mecia Fernandes, também conhecida como Meciaussú.
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http://www.unisantos.br/fortaleza/english/apresentacao.html

Santo Amaro da Barra Grande (1583) unlike the other fortresses wasn't only a bastion against the foreign enemies. It was, above all, a warning symbol of the incontestable dominion of Felipe of Spain to São Vicente inhabitants and to the restoration of the portuguese throne. In a paradox, part of this military personnel would be integrated to the local society like the cases of the commander of the fortress and the Sevilha citizen Bartolomeu Bueno. The commandant Miranda got married with captain Jeronimo Leitão' s daughter and, Bartolomeu Bueno was patriarch of a bandeirantes (member of expeditions called Bandeiras) family like his sons Jeronimo and Amador Bueno.

This fortress also have historical relationship with the most important existing fortifications in the world: the Havana's defensive system, Cartagena's battlement and the fortresses from San Filipe, and from Alicante, in Spain, were projected by the same architect Juan Bautista Antonelli, that worked here under the rules of Felipe II. Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande poderá ser um Patrimônio da Humanidade 16 fev, 2013 Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande Fábio Pereira Ribeiro Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande - Guarujá - Santos - Fonte: SOAMAR

1http://atdigital.com.br/historiasdesantos/2013/02/fortaleza-de-santo-amaro-da-barra-grande-podera-ser-um-patrimonio-da-humanidade/

Cel. Artilharia Exército Brasileiro Elcio Secomandi

Todos os dias, os santistas que estão na Ponta de Praia em Santos têm o privilégio de observar a vista na entrada do canal do Porto de Santos, e observar a linda Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, que fica na cidade do Guarujá. A mesma tem uma grande história na defesa da costa do Brasil. Sua história de mais de 300 anos, já foi um ponto estratégico na proteção da antiga vila de Santos contra piratas, e outras ameaças contra o território brasileiro.

O Coronel de Artilharia R/1 Elcio Rogério Secomandi, um eterno defensor da Fortaleza, e atualmente representante da Fundação Histórica do Exército Brasileiro na Baixada Santista e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, está em Havana, Cuba para apresentar proposta e defesa para que a Fortaleza seja incluída no rol de patrimônios da humanidade, sendo a primeira da região para tão agraciado título.

Abaixo, um texto de autoria do Cel. Secomandi sobre a história da Fortaleza:

FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE, Guarujá, SP/Br UM OLHAR DE ESPANHA SOBRE O BRASIL-COLÔNIA

Elcio Rogerio Secomandi

Uma guarita no estilo colonial espanhol, com um caracol invertido na sua base de sustentação, guarnece o chamado “portão espanhol” da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande1, Guarujá, SP. Este detalhe arquitetônico é uma justa homenagem ao período da união das coroas ibéricas (1580 – 1640), embora projetado no século XVIII pelo engenheiro português, João Massé.

Este breve ensaio acadêmico aborda a missão da esquadra do almirante espanhol Diogo Flores Valdéz na América do Sul, no início daquele período de união das coroas ibéricas, tendo como referência básica o capítulo VI do livro Arquitetura Militar2, para o qual tive a grata satisfação de contribuir com notas para a orelha e uma apresentação, com o seguinte preâmbulo:

“Victor Hugo Mori – arquiteto do IPHAN e membro do ICOMOS-Brasil3 – com muita imaginação, sabedoria e simplicidade, transfere ao público não especializado e aos estudantes em geral, conhecimentos inestimáveis sobre a complexa evolução da Arquitetura Militar, desde os primórdios da neurobalística até o advento da ‘guerra cibernética’. Toma como linha narrativa as fortificações do Porto de Santos, para nos conduzir à formação histórica da nossa nacionalidade”.

O livro contém dados históricos importantes a respeito dos motivos que deram origem à Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, nos idos de 1583, e também a uma série de conflitos entre as potências colonizadoras daquela época, com reflexos sobre as antigas colônias espanholas e portuguesas, fustigadas por piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses, inimigos de Espanha.

Neste contexto insere-se a viagem da esquadra de Valdéz ao Estreito de Magalhães, iniciada em Cádiz, no dia 09 de setembro de 15814, com 16 naus de combate e de apoio logístico, tendo por missão fortificar aquela região estratégica de junção dos dois maiores oceanos do planeta. Valdéz, nomeado por Felipe II “Capitão General das Costas do Brasil”, zarpou do Rio de Janeiro em novembro de 1582 e ancorou suas naus na baía de Santos, para obter provisões e prosseguir viagem rumo ao sul do continente. Ao alcançar a costa catarinense, determinou, em janeiro de 1583, a volta dos navios Almirante, Concepción e Begónia ao Rio de Janeiro, sob comando de Andrés Igino (Eguino ou Higino), por considerá-los “impróprios para prosseguir rumo ao sul”. Valdéz alcançou o Estreito de Magalhães, porém fracassou na construção de uma fortificação no extremo sul do “novo mundo” e no dia 07 de fevereiro de 1583 iniciou viagem de retorno para a Espanha.

Por outro lado, no dia 19 de janeiro de 1583 chegou ao porto de Santos, o inglês Edward Fenton5 com a finalidade de abastecer suas duas naus e prosseguir rumo ao Estreito de Magalhães. Na tarde de 24 de janeiro de 1583 as três naus de Andrés Igino chegaram à Santos e travaram combate com os ingleses, resultando avarias na nau Santa Maria de Begónia. Fenton foi obrigando a retornar para a Inglaterra sem cumprir sua missão.

1 www.unisantos.br/fortaleza 2 MORI, Victor Hugo. Arquitetura Militar. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado / Fundação Cultural Exército Brasileiro, 2003. 3 IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, órgão consultivo da UNESCO

4 Na armada de Vadéz estava Pedro Sarmiento de Gamboa como governador do estreito de Magalhães e Bautista Antoneli como engenheiro.

5 Victor Hugo salienta que Fenton, assim como os demais navegantes ingleses, mantinham relações comerciais e de amizade com a população vicentina, pois Santos era um dos mais importantes entrepostos para abastecimento das naus com destino ao Estreito de Magalhães.

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Bautista Antonelli6, arquiteto militar que acompanhava a esquadra de Valdéz, acabou ficando em Santos juntamente com a tripulação da nau Begónia, para projetar e dirigir as obras da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande. Sobre esta construção militar de origem espanhola, Victor Hugo, destaca citações dos apontamentos do padre espanhol José de Anchieta – Informações do Brasil e de suas Capitanias, 1584: “Na Capitania de S. Vicente dentro da ilha que é a primeira que se povoou há duas vilas de portugueses (…). Em frente tem a ilha de Guaíbe, no cabo da qual, para o norte tem uma barra com as fortalezas de Bertioga quatro a seis léguas das vilas [Santos e S. Vicente], e da parte do sul, que é a outra barra, tem o forte que agora se fez por Diogo Flores, general, com gente de guarnição, e dentro da mesma ilha estão moradores com igreja de S. Amaro”. A construção dessa fortaleza – Santo Amaro da Barra Grande – além de guarnecer um importante entreposto para a rota rumo ao Estreito de Magalhães servia também para “marcar simbolicamente a presença do rei Felipe II da Espanha (Felipe I de Portugal)” na época da união das coroas ibéricas (1580- 1640).

Diogo Flores Valdéz escreveu duas cartas ao rei Felipe II relatando a viagem ao Estreito de Magalhães e à costa do Brasil quando esteve em Salvador, no dia 5 de agosto de 1583. As duas cartas encontram-se no Arquivo Geral das Índias, em Sevilha. Sobre a defesa de São Vicente relatou que mandou ordens por meio dos navios espanhóis “(…) ao capitam grmo Leiton (Gerônimo Leitão, capitão-mor de São Vicente) que alli reside se fortaleciese lo mejor que pudieses hasta tanto que yo dava a Vm. aviso. Y anssi el dicho capitan y gente de la tierra pidieron conforme aquella ordem se hiziese um fuorte em la boca de la entrada pues era tan a propósito y anssi el contador lo començo a fabricar conforme la trata (traça ou desenho) que para ello dio Bautista Antonelli el ynginiero q Vm. ymbio para los fuertes de estrecho”7.

Surgiu, assim ou quase assim, a construção de uma fortificação na embocadura do estuário onde se abrigava o incipiente porto da Capitania de São Vicente, utilizando uma centena de soldados da nau Begónia, com planta de Antonelli. A presença da guarnição do Begónia, chefiada por Domingo de Garri, consta da narrativa do padre Fernão Cardim – “O padre (visitador Christovão Gouvêa) em S. Vicente visitou os padres (…) e também o forte que deixou Diogo Flores, com 100 soldados” (março de 1585). Segundo Victor Hugo, “certamente muitos desses soldados-construtores espanhóis escolhidos eram artífices e dezenas deles aqui se radicaram, como é o caso do famoso Bartolomeu Bueno, carpinteiro naval, que posteriormente foi inspetor das obras da Matriz de São Paulo e pai dos bandeirantes Jerônimo Bueno e Amador Bueno”.

Estas duas missões fracassadas (Valdéz e Fenton) deram origem, portanto, à Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande. Cumpre destacar ainda que Fenton teve um “gosto de vingança cinco anos depois, como comandante da nau Mary Rose na batalha que destruiu a ‘Invencível Armada’ de Felipe II, marcando assim o final da hegemonia marítima de Espanha e Portugal e incrementando as incursões e invasões de ingleses, franceses e holandeses no Caribe e no Nordeste brasileiro”.

Antonelli, a seguir (após o saque de Francis Drake ao Caribe, 1586) passou a ser arquiteto-chefe das Antilhas e sua família nos deixou inúmeras fortificações, hoje declaradas Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO. Este fato histórico talvez explique a singularidade de uma fortaleza sem baluartes na embocadura do estuário de Santos, com “estilo Antonelli”8, caracterizado por baterias sobrepostas, antecedendo as fortificações com baluartes estilo Vauban, de Sébastien Le Prestre, marquês de Vauban (1633 – 1707). .

6 Bautista Antonelli (Battista Antoneli, em italiano), arquiteto militar do Caribe, nasceu em 1547 em Gatteo (Itália) e morreu em Madrid, em 1616. Aos 34 anos recebeu de Felipe II a missão de construir um sistema fortificado no estreito de Magalhães: “Foi a primeira viagem de Antonelli ao Novo Mundo e a primeira terra que ele pisou foi no Brasil (…). O projeto incluía uma cadeia (de pedras) submersa a fim de impedir a navegação entre os dois oceanos”. (www.fortalezas.org)

7 Mais uma contribuição do amigo Victor Hugo Mori / IPHAN.SP e membro do ICOMOS-Brasil

8 “Geografia como elemento definidor da organização espacial” e não a geometria como no “estilo Vauban”.

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Primeira “incursão” do autor em terras de Espanha. Catedra Bolivar, Universidad de Santiago de Compostela. El Correo Gallego, 27 – Mar -2004.

Referências bibliográficas

Fotomontagem de Victor Hugo Mori destacando a semelhança entre o Castelo de Alicante, o Forte San Juan de Porto Rico e a Fortaleza de Santo Amaro

MORI, Victor Hugo. Arquitetura Militar; um panorama histórico a partir do Porto de Santos. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/ Fundação Cultural Exército Brasileiro, 2003 Notas: pág 179, VHM: _ Varnhagen, Francisco Adolfo ( Visconde de Porto Seguro). História Geral do Brasil. 4a ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1948, p. 447

_ Sarmineto Gamboa, Pedro in “sumaria relación, in coleccion de Documentos inéditos del Archivo de Indias – Apud: Varnhagen, Francisco Adolfo, op.cit, p. 440 _ Cardin, Fernão. Tratados da Terra e Gente do Brasil. 2a ed. S. Paulo: Cia. Editora Nacional, 1939, p. 315 _ Anchieta, Jose, Pe. Informações do Brasil e de suas Capitanias. Apontamentos datados de 1584 _ Fernandes da Silva, Fernanda. Fortificações Brasileiras, Máquinas de Guerra e de Memória. Tese de Doutorado, São Paulo, FFLCH-USP, 1991, p. 228 _ Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol XLIX, Arquivo do Estado de S. Paulo, pp. 165/166

Consulta Internet. data de acesso: 31 de janeiro de 2013.

www.fortalezas.org/index.php?ct=personagem&id_pessoa=347 http://www.provincia.fc.it/cultura/antonelli/ESP/StoriaAttivita/Bat... http://www.provincia.fc.it/cultura/antonelli/ESP/IllustrazioniDocum... Brasile.html

http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=193 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza_de_Santo_Amaro_da_Barra_Grande www.unisantos.br/fortaleza. Ebook do autor www.unisantos.br/circuitofortes . E-book do autor

Ilustrações: Foto, Berenice Kauffmann; fotomontagem, Victor Hugo Mori; reportagem, jornal Gallego, Santiago de Compostela, 27 – Mar -2004.


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Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano's Timeline

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Barrio de Santa Cruz, Sevilha, Andalusia, Spain
1575
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Sao Paulo, São Paulo, Brazil
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Sao Paulo, Brazil
1588
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Sao Paulo, Brazil
1590
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Sao Paulo, Brazil
1601
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São Paulo, São Paulo, Brasil
1629
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Age 74
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
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Age 74
São Paulo de Piratininga, São Paulo, Brazil
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Brazil