Antonio Raposo

• Genealogia Paulistana
• Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
• Vol. III - Pág. 03 a 47
• Título
• === Raposos Góes===

(Parte 1)

ATENÇÃO: O Geneall está incompleto e contém erros. Este é o conteúdo da fonte citada.

Antonio Raposo, natural de Beja, Portugal, foi o tronco da família deste apelido em S. Paulo. Veio de Portugal na armada de Dom Diogo Flores de Baldez a S. Vicente, e em 1601 foi armado cavaleiro por Dom Francisco de Souza, governador geral do Brasil, por decreto de el-rei Dom Fillipe, em prêmio de relevantes serviços prestados à coroa. Casou em S. Paulo com Izabel de Góes e ali faleceu com testamento em 1633(1). Teve:

1. Estevão Raposo casado com Isabel da Cunha
2. João Raposo Bocarro casado com Ana Maria de Siqueira
3. Antonio Raposo Pegas
4. Manoel de Góes Raposo casado com Maria Pompeu Taques
5. Pedro de Góes Raposo casado com Helena do Prado
6. Branca Raposo casada com Diogo Barbosa do Rego
7. NN de Góes casada com Diogo Dias da Moura
8. Suzana de Góes
9. Joanna de Góes casada com Antonio de Andradre
10. Izabel de Góes casada com Matias de Oliveira
11. Maria de Góes casada com Bartolomeu de Torales
12. Anna de Góes casada com João Pereira

(1) Pedro Taques em sua Nobiliarquia Paulistana menciona um 1º casamento de Antonio Raposo com Antolina Requeixo de Peralta, natural de Castela, com quem veio de Portugal, e diz descender desse 1.º casamento a f.ª Antonia Requeixo de Peralta, que casou em Santos com Gaspar Fernandes Palha, natural da cidade de Funchal, descendente de Ruy Vaz de Almada, a quem o rei concedeu o apelido Palha com as armas. Foi Gaspar Fernandes do governo da vila de Santos, e ocupou o cargo de provedor dos órfãos, dos defuntos e ausentes, das capelas e resíduos da capitania de S. Vicente e S. Paulo, e teve q. d. o f.º Capitão Gaspar Picam, natural de Santos, que passou a morar na ilha de S. Sebastião onde casou com Catharina de Oliveira f.ª de Francisco de Escobar Ortiz e de Ignez de Oliveira Cotrim, os quais da capitania do Espírito Santo vieram povoar a dita ilha, onde obtiveram do donatário Pedro Lopes de Souza 100 léguas de terra para si e sua nobre descendência. Segundo escreveu Pedro Taques, foi Francisco de Escobar Ortiz senhor de dois engenhos de açúcar, os primeiros na ilha, e possuiu um navio de duas cobertas que navegava para Angola. Foi irmão de Antonia de Escobar casada na Capitania do Espírito Santo com Vasco Fernandes Coutinho f º natural do capitão donatário da mesma capitania, Vasco Fernandes Coutinho.

De Antonia de Escobar e de Vasco Fernandes Coutinho foi f.º o capitão Frederico de Mello Coutinho.

Do capitão Gaspar Picam casado com Catharina de Oliveira descobrimos os 3 filhos seguintes:

1. Diogo de Escobar Ortiz que casou com Potencia Leite da Silva f ª de Bartholomeu Simões de Abreu e de Izabel Paes da Silva. Com geração no V. 2 º pág. 466.
2. Estevão Raposo Bocarro que casou com Maria de Abreu Pedroso Leme, irmã de Potencia Leite do n.º precedente. Com geração no V. 2 º pág. 469.
3. Paula de Oliveira que casou com Antonio Barbosa de Lima (que ordenou-se depois de viúvo) f.º de Gabriel Barbosa de Lima de Maria do Rosário. Tit. Moraes, Cap.3.º § 2.º n.º 2-5.

Entretanto nós escrupulisamos em descrever neste título esse 1.º casamento, por não vir mencionado no testamento de Antonio Raposo, nem figurar no inventário a f.ª Antonia Requeixo, por si ou por seus herdeiros.

(http://buratto.org/paulistana/RapGo_1.htm)

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Antonio Raposo, natural de Beja, Portugal, foi o tronco da família deste apelido em S. Paulo. Veio de Portugal na armada (16 navios) de Dom Diogo Flores de Valdez com destino ao Estreito de Magalhães. A frota partiu de Cadiz em 9 de Setembro de 1581. Chegando ao Rio, de lá permaneceram até 1 de Novembro quando partirram para S. Vicente. Como pernaceu muito tempo estacionada nesta vila, vários de seus componentes preferiram ficar no Brasil. Em 1590 foi almotacél de SP, vereador (1594, 1598 e 1615), mamposteiro (1610) dos cativos. Em 1601 foi armado cavaleiro por Dom Francisco de Souza, governador geral do Brasil, por decreto de el-rei Dom Fillipe, em prêmio pela descoberta "das minas de ouro e prata na serra de Araçoiaba, Caativa, Voturuna e Jaraguá". Em 1607 participou da expedição organizada pelo mameluco Belquior Dias Carneiro, que faleceu em Junho do mesmo ano, ficando o cargo de chefe da expediça a Antonio que voltou a SP em Dezembro. Em 1628 participou da infame expedição contra os jesuítas do Guairá. Teve casas em Tabatinguera, um sítio no campo, junto ao rio e em Guarapiranga. Casou em S. Paulo com Isabel de Góes e ali faleceu com testamento em 1633 (Da Silva Leme, Genealogia Paulistana, V3, pp 03, tto Raposos Góes & Ortman, Genealogia Guaratiguetaense, Anu. Genea. Latino, V4, 1952, pp 331ss). Segundo Pedro Taques (Nobiliarquia Paulistana), Antonio Raposo veio casado de Portugal com Antolina Requeixo de Peralta.